AFORISMOS
A formiga é tão importante como o elefante.
A grande diferença é que uma formiga não pode pisar um elefante.
A justiça, por enquanto, não pode ser realizada por injustiçados.
Quando tal for possível, acaba o acumular de processos nos tribunais.
Mesmo que o sonho e a poesia sejam imateriais,
de modo algum são meros dados das novíssimas matérias virtuais.
Rima e é verdade. Absolutíssima verdade.
Navegar nas nuvens está a fazer falta a esta humanidade azeda,
mesmo sem saber donde vem o vinagre.
Também Adão e Eva não sabiam
porque estavam condenados a ser a origem do pecado.
Mais: a transmitirem essa condenação fatal.
Claro. Estou a pensar no inferno que todos os dias construímos.
A galinha do meu vizinho não é mais bonita que a minha.
Cá em casa, cultivam-se as melhores galinhas do mundo.
Isto, para não falar nos galos.
O mais difícil é estabelecer medidas para estas causas todas.
Sobretudo as inteiras. Meias coisas é mais fácil aferir,
já que são todas mais ou menos de plástico.
Quando eu morrer não me enterrem na lapinha.
Enterrem-me em terra segura, já que prefiro ser apenas pó,
cinza e nada, de acordo com as veredas que piso
e o respeito que por elas tenho.
Não há nada que enganar. Já ouvi isto algures e sem risco. Vou arriscar.
Vestido ou nu, não passo de um mero ser humano. Aqui. Ou na China.
Foi assim que o vento falou. Foi assim que origem nos deram.
Foi assim que aqui cheguei. E ainda me pedem explicações.
Pensava que a vingança servida a frio era apenas nos filmes. Enganei-me. Uma vez mais.
Já devia ter calo suficiente para não sofrer perante situações destas. Ainda não tenho.
Pouco mais há para acrescentar a esta normalidade com batata frita.
Talvez deva dizer que a auto-justificação é como a água benta: cada qual toma a quiser.
E, à moda de súmula, aqui fica conselho:
Façam o favor de ler o José Gomes Ferreira, em toda a sua extensão.
A formiga é tão importante como o elefante.
A grande diferença é que uma formiga não pode pisar um elefante.
A justiça, por enquanto, não pode ser realizada por injustiçados.
Quando tal for possível, acaba o acumular de processos nos tribunais.
Mesmo que o sonho e a poesia sejam imateriais,
de modo algum são meros dados das novíssimas matérias virtuais.
Rima e é verdade. Absolutíssima verdade.
Navegar nas nuvens está a fazer falta a esta humanidade azeda,
mesmo sem saber donde vem o vinagre.
Também Adão e Eva não sabiam
porque estavam condenados a ser a origem do pecado.
Mais: a transmitirem essa condenação fatal.
Claro. Estou a pensar no inferno que todos os dias construímos.
A galinha do meu vizinho não é mais bonita que a minha.
Cá em casa, cultivam-se as melhores galinhas do mundo.
Isto, para não falar nos galos.
O mais difícil é estabelecer medidas para estas causas todas.
Sobretudo as inteiras. Meias coisas é mais fácil aferir,
já que são todas mais ou menos de plástico.
Quando eu morrer não me enterrem na lapinha.
Enterrem-me em terra segura, já que prefiro ser apenas pó,
cinza e nada, de acordo com as veredas que piso
e o respeito que por elas tenho.
Não há nada que enganar. Já ouvi isto algures e sem risco. Vou arriscar.
Vestido ou nu, não passo de um mero ser humano. Aqui. Ou na China.
Foi assim que o vento falou. Foi assim que origem nos deram.
Foi assim que aqui cheguei. E ainda me pedem explicações.
Pensava que a vingança servida a frio era apenas nos filmes. Enganei-me. Uma vez mais.
Já devia ter calo suficiente para não sofrer perante situações destas. Ainda não tenho.
Pouco mais há para acrescentar a esta normalidade com batata frita.
Talvez deva dizer que a auto-justificação é como a água benta: cada qual toma a quiser.
E, à moda de súmula, aqui fica conselho:
Façam o favor de ler o José Gomes Ferreira, em toda a sua extensão.
Não se fiquem só por esta do "Eléctrico", in Poesia III :
(Num carro para Campolide. Dia sexual.)
(...) Mas que bom! Ninguém suspeita
que levo uma mulher nua nos joelhos.
